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Pedal (música)

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Um pedal,[1][2] bordão ou drono (do inglês, drone),[3][4][5] é um efeito ou acompanhamento harmônico ou monofônico em que uma nota ou acorde é tocado continuamente durante a maior parte ou toda a peça. Um pedal também pode ser qualquer parte de um instrumento musical usado para produzir esse efeito. Bordão (do italiano e também do francês, bourdon ou burdon)[6][7] pode se referir também ao "bordão [tubo melódico] de uma gaita de foles",[8][9] o ponto pedal em um órgão, ou à corda mais baixa de um alaúde. O bordão também faz parte de uma música que se repete no final de cada estrofe, como o coro ou refrão.[10]

Exemplos de instrumento de bordão são a gaita de fole, a vina indiana e a viela de roda.[11][12][13]

Efeito musical

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Um pedal costuma começar com uma harmonia consonante em relação a si mesmo, pelo que o primeiro acorde costuma conter a nota pedal; progride para harmonias menos consonante consigo e finaliza sobre uma harmonia totalmente consonante.

Um pedal tem três fases: preparação, clímax e resolução. Na primeira fase deve-se estabelecer a nota que produz dissonância em função da relação melodia-harmonia e que essa progressão de consonância para dissonância seja fundamental, quinta, terceira, sétima e por fim as tensões.

O clímax é o ponto onde a dissonância alcança grau máximo. A fase de resolução dá-se sobre uma harmonia onde o pedal é fundamental ou quinta do respectivo acorde.

A fase de preparação costuma ser mais demorada que a de resolução, embora possa haver exceções. Também pode diferir a construção destas fases.

Um bordão difere de um ponto ou nota pedal em grau ou qualidade. Um ponto pedal pode ser uma forma de tom sem acorde e, portanto, necessitando uma resolução, ao contrário de um bordão; ou um ponto pedal pode simplesmente ser considerado um bordão mais curto, enquanto um bordão é um ponto pedal mais longo.

Referências

  1. Merwe, Peter Van der (9 de dezembro de 2004). Roots of the Classical: The Popular Origins of Western Music (em inglês). [S.l.]: OUP Oxford 
  2. Danneley, John Feltham (1825). An Encyclopaedia, Or Dictionary of Music (em inglês). [S.l.]: editor, and pub. 
  3. Paludo, Riccieri Luís (2019). Drono: suas manifestações culturais e efeitos no ser humano. Florianópolis: Universidade do Estado de Santa Catarina.
  4. Damaceno, Julio Cesar; Piedade, Acácio (janeiro- junho de 2020). Um vocalise nordestino na Amazônia: considerações sobre a Mãe d'Água em Canticum naturale, de Edino Krieger. Revista Brasileira de Música 33 (1). p. 102, nota 10.
  5. Aguilar, Juan Carlos Ramírez (1985). "De la música antigua". Renglones (em espanhol). Iteso. p. 50
  6. Gove, Philip Babcock (1961). Webster's Third New International Dictionary
  7. Brown, John (1816). Encyclopaedia Perthensis; Or Universal Dictionary of the Arts, Sciences, Literature, &c. Intended to Supersede the Use of Other Books of Reference, Volume 4, p.487. 2ª ed.
  8. Lloyd, Edward (1896). Lloyd's Encyclopaedic Dictionary: A New and Original Work of Reference to the Words in the English Language, Volume 1, p.743.
  9. Wedgwood, H. (1859). A dictionary of English etymology, p.210. ISBN 9785874642921.
  10. Brabner, John H F., ed. (1884). The national encyclopædia, Vol. V, p.99. Libr. ed. William McKenzie
  11. Gerson-Kiwi, Edith (janeiro de 1972). «Drone and 'Dyaphonia Basilica'». Yearbook of the International Folk Music Council (em inglês): 9–22. ISSN 0316-6082. doi:10.2307/767668 
  12. Kennedy, Michael; Kennedy, Joyce (15 de agosto de 2013). The Oxford Dictionary of Music (em inglês). [S.l.]: OUP Oxford 
  13. McGee, Timothy J. (10 de fevereiro de 2014). Medieval Instrumental Dances (em inglês). [S.l.]: Indiana University Press 

Ligações externas

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