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Portugal Quotes

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Miguel Esteves Cardoso
“As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos impossíveis. Têm o ar de quem pertence a si própria. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem. As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer.”
Miguel Esteves Cardoso

Eça de Queirós
“É extraordinário! Neste abençoado país todos os políticos têm «imenso talento». A oposição confessa sempre que os ministros, que ela cobre de injúrias, tem, à parte os disparates que fazem, um «talento de primeira ordem»! Por outro lado a maioria admite que a oposição, a quem ela contantemente recrimina pelos disparates que fez, está cheia de «robustíssimos talentos»! De resto todo o mundo concorda que o país é uma choldra. E resulta portanto este facto supracómico: um país governado «com imenso talento», que é de todos na Europa, segundo o consenso unânime, o mais estùpidamente governado! Eu proponho isto, a ver: que, como os talentos sempre falham, se experimentem uma vez os imbecis!”
Eça de Queirós, Os Maias

Júlio Dinis
“A causa disto é o sermos nós uma nação pequena e pouco à moda, acanhada e bisonha nesta grande e luzidia sociedade europeia, onde por obséquio somos admitidos, dando-nos já por muito lisonjeados, quando os estrangeiros se deixam, benevolamente, admirar por nós.”
Júlio Dinis, Uma Família Inglesa

Mário Cesariny
“Dorme, dorme, meu menino
Dorme no Mar dos Sargaços
Que mais vale o mar a pino
Que as serpentes nos meus braços.”
Mário Cesariny

Antero de Quental
“Que gente! Que coisas! Que opiniões! Que vida! Sinto entre mim e o meu país a distância abismosa deste sentimento: o desprezo. (...) O silêncio é a única resposta possível.”
Antero de Quental

Fernando Pessoa
“O futuro de Portugal - que não calculo, mas sei - está escrito já, para quem saiba lê-lo, nas trovas de Bandarra, e também nas quadras de Nostradamus. Esse futuro é sermos tudo. Quem, que seja português, pode viver a estreiteza de uma só personalidade, de uma só nação, de uma só fé?”
Fernando Pessoa

Charlotte Eriksson
“I never told you about the trip to Portugal 3 years ago when I read Fernando Pessoa at 1 a.m. outside a small family-run restaurant by the harbour. If I close my eyes I can still smell the salt water and the fish, some sort of cleaning powder scent from the kitchen, can still feel the heat, a soft wind and me sitting with wide open eyes on my own at 1 a.m. writing what I thought was profound and excellent. I felt like a writer then. I was not a girlfriend or a daughter or a songwriter who never got signed—I was a writer in the truest sense and I lived in my own flames.”
Charlotte Eriksson, He loved me some days. I'm sure he did: 99 essays on growth through loss

Paul Anthony
“From one small spark a bushfire grows.
Sellers of misery are our foes.
Merging ruthlessly tongues of flame.
Point your finger at those to blame.”
Paul Anthony, Bushfire

Alves Redol
“Querem vocês mudar o mundo. Vão chegar atrasados. Defeito português.”
Alves Redol, Marés

Pedro Chagas Freitas
“E così fu. Tutti i giorni, nel tardo pomeriggio, un furgone della casa editrice si fermava davanti alla loro porta e lasciava lì quattro libri, a volte di più, e così trascorrevano le serate, lei a leggere e lui a vederla leggere, tutto il mondo e tutto lo sforzo acquistavano senso per sempre.”
Pedro Chagas Freitas, Prometo Falhar

Bill Bryson
“Vasco da Gama, on a cruise to India and back, encouraged his men to rinse their mouths with urine, which did nothing for their scurvy and can’t have done much for their spirits either.”
Bill Bryson, At Home: A Short History of Private Life

Fernando Pessoa
“To be great, be whole; exclude
Nothing, exaggerate nothing that is you.
Be whole in everything. Put all you are
Into the smallest thing you do.
The whole moon gleams in every pool,
Because it rides so high.”
Fernando Pessoa, Poemas de Fernando Pessoa

Gaius Julius Caesar
“there is in the most occidental part of Iberia, a very strange society, they don´t rule themselves, nor do they allow others to rule them.”
Julius Caesar, "Bellum Britannicum", De bello Gallico, IV. 20-30, V. 8-23; 1881 [Leather Bound]

Pedro Chagas Freitas
“L'amore può anche essere soltanto qualcuno che ci chiede di lasciarci proteggere, e ci protegge davvero.”
Pedro Chagas Freitas, Prometo Falhar

Pedro Chagas Freitas
“Mi hai chiesto di scriverti qualcosa di felice e io mi sono ricordato di noi, conosci una felicità più grande di questa?”
Pedro Chagas Freitas, Prometo Falhar

Pedro Chagas Freitas
“Passo ore a sentirmi
indistruttibile, a esser certo che nulla mi
tocchi, che nulla potrà ferirmi abbastanza da
farmi indietreggiare, e poi arrivi tu.”
Pedro Chagas Freitas, Prometo Falhar

Janet Olearski
“Don't mention the fire.
People will go silent,
not knowing what to say.”
Janet Olearski, After the Fire: poems

Miguel Szymanski
“Em Portugal tudo é negociável. Até os assaltos. (…) Um bom assalto é aquele em que ambas as partes saem relativamente aliviadas, o assaltante sente-se menos delinquente, o assaltado só fica sem uma parte dos seus bens. Mas isso pressupunha escrúpulos da parte do criminoso.”
Miguel Szymanski, Ouro, Prata e Silva

Miguel Szymanski
“Para escândalos e traições, havia muita gente candidata a VIP e ao jet set para animar as páginas das revistas. (…) Era gente tão caricata que se tornava divertido convidá-los. Todas as cortes têm os seus bobos. Na corte lisboeta, alimentavam-se de rissóis de camarão e rolinhos de salmão de supermercado.”
Miguel Szymanski, Ouro, Prata e Silva

Miguel Szymanski
“Sabia que Lisboa não era Berlim, com dezenas de jornais que as pessoas liam em todo o lado, no metro, nas mesas de café, nas paragens de autocarro, onde as parangonas faziam cair ministros e presidentes em poucos dias. Em Lisboa, nada disso acontecia. Qualquer que fosse o escândalo revelado pela imprensa, o entretenimento nas televisões acabava por desviar as atenções.”
Miguel Szymanski, Ouro, Prata e Silva

Afonso Reis Cabral
“E é assim o interior de Portugal: uma imensa mulher feia e viúva fechada à janela do primeiro andar de uma casa velha, esperando sair à rua numa ocasião importante como o enterro do doente que nunca conhecey mas em relação ao qual sente alguma afinidade porque vivia na terra ao lado.”
Afonso Reis Cabral, O Meu Irmão

Gökhan Bozkurt
“Sorun etmezseniz ortada sorun kalmaz. Portekiz'i özel ve güzel kılan sır budur.”
Gökhan Bozkurt, Portekiz Hakkında Her Şey

Gökhan Bozkurt
“Portekiz keyif, huzur ve mutluluk ülkesidir”
Gökhan Bozkurt, Portekiz Hakkında Her Şey

Eduardo Lourenço
“Leccionados pela história — na medida em que ela pode leccionar uma colectividade que é uma das mais desmemoriadas que é possível conceber-se — chegou o tempo de nos vermos tais como somos, o tempo de uma nacional redescoberta das nossas verdadeiras riquezas, potencialidades, carências, condição indispensável para que algum dia possamos conviver connosco mesmo com um mínimo de naturalidade. Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português

Eduardo Lourenço
“De Portugal enquanto realidade presente não espera Pessoa nada. Do Portugal como nauta de si mesmo, como história-profecia de que Mensagem interroga os anúncios e signos sucessivos, tudo. Sem poder e sem renome, como no seu texto se proclama, Portugal não pode ser outra coisa senão teatro de uma epopeia da alma de uma «ulisseia» espiritual, invenção de um Ocidente futuro para o qual Portugal-Esfinge parece olhar, de costas voltadas a uma Europa há muito entregue aos demónios da vontade de poderio.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português

Eduardo Lourenço
“É sob a máscara frenética de Alvaro de Campos, fundeado na barra do Tejo, «de costas para a Europa, braços erguidos fitando o Atlântico e saudando abstractamente o infinito» que o reservado, o tímido Fernando Pessoa enviará sumptuosa e vibrantemente “À merda” todo esse lixo imperial e imperialista.”
Eduardo Lourenço, O Labirinto da Saudade: Psicanálise Mítica do Destino Português

Ryan Gelpke
“Sintra, in der Tat ein Zufluchtsort für die Seele, ein Rückzugsort vor dem Chaos der modernen Welt. Ein Ort wo man sich in der Schönheit des Augenblicks und den Geheimnissen des Daseins verlieren kann!”
Ryan Gelpke, Nietzsches Geburtstagsfeier: Eine Kurzgeschichtensammlung (Howl Gang Legende)

Rui Ramos
“A natureza intercontinental da monarquia gerava um dilema e impunha, como remédio, a ambiguidade. Em Lisboa, o Governo sujeitou-se ao «plano continental» do imperador, para evitar uma invasão francesa na Europa, ao mesmo tempo que procurava, secretamente, a compreensão da Inglaterra, a fim de prevenir algum ataque inglês ao Brasil. Conseguiu assim irritar ambas as potências. No Outono de 1807, os ingleses enviaram a Lisboa uma esquadra, e os franceses, através de Espanha, sua aliada, um exército.”
Rui Ramos, História de Portugal

Jean Chamblin
“My dear, I've found 'em!

They're here, every one of these nine Azores. Little islands full of prayers and shrines and vesper chimes, strung on a thread of water, like the decades in the windings of a Rosary of the Sea.”
Jean Chamblin, Lady Bobs, Her Brother, and I: A Romance of the Azores

Antero de Quental
“Amor Vivo

Amar! mas dum amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos harpejos,
Não sejam só delírios e desejos
Duma doida cabeça escandecida...

Amor que viva e brilhe! luz fundida
Que penetre o meu ser- e não só beijos
Dados no ar- delírios e desejos-
Mas amor... dos amores que têm vida...

Sim, vivo e quente! e já a luz do dia
Não virá dissipá-lo nos meus braços
Como névoa da vaga fantasia...

Nem murchará do Sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores... se têm vida?”
Antero de Quental, Sonetos Completos

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